Quixadá: Candidatos a prefeito gastaram mais de 700 mil reais na campanha

- por
  • Compartilhe:

Em todas as eleições é comum o eleitor ouvir que candidato “A” gastou uma quantia exorbitante, que candidato “B” gastou milhares de reais. É comum, também, por parte de determinados apoiadores, dizer que o outro venceu porque comprou votos, ou aquela mesma lenga-lenga de que mesmo tendo comprado votos, o seu candidato perdeu a eleição.

É sempre assim, tudo em nome da democracia. Mais quanto se gasta mesmo numa campanha eleitoral? Será que os candidatos informam honestamente a justiça eleitoral os recursos gastos? Será que os possíveis financiadores de campanha aparecem mesmo na relação daqueles que financiaram a campanha?

Questionamentos a parte vamos aos números das eleições deste ano no município de Quixadá: de acordo com a prestação de contas dos candidatos na justiça eleitoral, na eleição para prefeito de Quixadá, o candidato eleito João da Sapataria arrecadou o valor de R$ 220.800,00 (duzentos e vinte mil e oitocentos reais), o principal financiador da campanha foi o próprio candidato, logo depois vem a empresa Suzano Papel e Celulose que doou o valor de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), e o candidato gastou todo o valor arrecadado, ou seja, foram gastos na campanha o valor de R$ 220.800,00 (duzentos e vinte mil e oitocentos reais).

Além disso o maior gasto da campanha foi com combustíveis cujo valor gasto com essa despesa foi de quase 60 mil reais, e seu principal fornecedor foi Aziz Okka Baquit Neto, que recebeu da campanha de João da Sapataria o valor de quase 40 mil reais.

Já o candidato Ilário Marques, do Partido dos Trabalhadores, afirmou para a justiça eleitoral que sua campanha conseguiu arrecadar o valor de R$ 446.688,36 (quatrocentos e quarenta e seis mil, seiscentos e oitenta e oito reais e trinta e seis centavos), e o principal doador da campanha de Ilário Marques foi a direção nacional de seu partido, o PT.

Já as despesas da campanha do candidato Ilário Marques ultrapassaram o valor de meio milhão de reais, para ser mais exato, o petista gastou o valor de R$ 502.073,27 (quinhentos e dois mil e setenta e três reais e vinte e sete centavos), e o seu principal gasto foi com combustíveis, cujo valor chegou a quase 150 mil reais.

Pergunta-se: será que as cifras arrecadadas e gastas correspondem a realidade?

Longe de sermos aqui incoerentes, ou irresponsáveis, em afirmar que na campanha eleitoral para prefeito tenha ocorrido caixa dois. O certo é que para muitos analistas políticos, a influência do poder aquisitivo no processo eleitoral pode ser determinante, como também podem ser drásticas as consequências negativas dessa mesma influência.

Estímulos ao uso do caixa dois, ou a criação de uma relação duvidosa entre os políticos e os financiadores, são alguns dos aspectos que comprometem as virtudes democráticas e republicanas.

Muitos experientes políticos teimam em afirmar ser gritante a diferença entre o valor declarado a justiça eleitoral e, o valor verdadeiramente gasto na campanha eleitoral. Lamentavelmente, os instrumentos de controle sobre os valores gastos nas eleições ainda são insuficientes para que se possa ter uma fiscalização rigorosa.

Não queremos fazer aqui nenhum juízo de valor, mais vamos tirar por base o valor gasto na campanha do vereador mais votado em Quixadá, no caso o Vereador Pedro Baquit, do PSD.

De acordo com os números apresentados na justiça eleitoral, o candidato Pedro Baquit informou ter gasto em toda sua campanha eleitoral o valor de apenas R$ 10.046,00 (dez mil e quarenta e seis reais), lembrem-se que a campanha do vereador Pedro Baquit saltava aos olhos de todos os quixadaenses, eram centenas de militantes, dezenas de carros de som, e foram gastos apenas pouco mais de 10 mil reais?

Quem acompanhou o desenrolar das campanhas na região do sertão central, dificilmente acreditaria que a cifra informada por Pedro Baquit corresponda a realidade. É claro que não podemos contestar, porque essa declaração foi dada a um órgão sério, no caso a justiça eleitoral.

Para finalizar os eleitores precisam, urgentemente, fiscalizar as receitas e as despesas de cada candidato, pois dessa forma poderá cobrar independência das nossas autoridades.

Para acessar as prestações de contas de cada candidato nas eleições deste ano, CLIQUE AQUI.




Comentários

Os comentários abaixo não representam a opinião do Monólitos Post; a responsabilidade é do autor da mensagem.
  1. Para saber realmente o que foi gasto na campanha do Sr Pedro Baquit basta perguntar quantas pessoas tinham trabalhando pra ele aqui no São João dos Queiroz. Garanto que só aqui ele gastou bem mais do que isso

  2. como é o pedro gastou 10 mil naquela campanha toda, como sempre a política termina em palhaçada

  3. PEDRO BAQUIT GASTOU APENAS 10 MIL REAIS, ACHO QUE DEVE SER BRINCADEIRA, ELE AINDA DEVE TERMINAR DE PRESTAR CONTAS OU NÃO?

  4. Sinceramente o Pedro Baquit exagerou quando disse que gastou 10 mil reais, acho que vcs erraram esse valor deve ter sido por dia.
    Se não foi por dia nesse caso não teve caixa dois não, teve caixa três, quatro, cinco. rsrsrsrrsrs

  5. E ainda dizem que quem vai mandar é o João, pelo jeito não mandou nem na campanha.
    Se o Sr. Azizzinho recebeu 40 mil e ninguém sabe por qual serviçpo por ele executado. Aliás gostaria muito de saber qual serviço foi prestado por esse cidadão.
    E pior Pedro Baquit gastar apenas 10 mil, poxa vida deve ser brincadeira, onde está o Ministério Público que não vê isso, esse rapaz gastou mais de 300 mil pra se eleger senão nunca teria sido eleito nem presidente de associação.

  6. Aziz Neto recebeu 40 mil da campanha do João pra que mesmo? E Pedro Baquit gastou apenas 10 mil na sua milionária campanha? Já sei que o Papai Noel existe e vem pra Quixadá.
    Afinal os Baquits parece que vão mandar mesmo nesse governo do João, já começam errado, uma pena pois quem sofrerá mais uma vez seremos nós.

Deixe seu comentário

Os comentários do site Monólitos Post tem como objetivo promover o debate acerca dos assuntos tratados em cada reportagem.
O conteúdo de cada comentário é de única e exclusiva responsabilidade civil e penal do cadastrado.