CANDIDATO DO LULA: Eunício Oliveira se reunirá com Cid apenas em 2014 para definir sucessão

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Sem esconder a vontade de se candidatar ao Governo do Estado, nas eleições do próximo ano, o senador Eunício Oliveira (PMDB) revelou que ele e o governador Cid Gomes (PROS) se reunirão somente em março ou no início de abril próximo para definir o arco de alianças para o pleito de 2014, mas descartou a possibilidade de se candidatar a vice-governador em chapa indicada por Cid. As declarações foram feitas na cerimônia de lançamento do selo comemorativo dos 60 anos do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), ontem, no Centro de Eventos.

Eunício Oliveira explicou que qualquer antecipação desse encontro poderia atrapalhar a gestão do governador cearense e, por isso, um acordo entre PT, PMDB e PROS decidiu que qualquer definição será feita pouco antes do início do prazo das desincompatibilizações.

O senador Eunício Oliveira ressaltou que seu desejo é manter a aliança, mas alegou que é difícil fazer uma previsão para 2014

“O PMDB tem uma posição muito clara. Se o governador Cid Gomes pudesse concorrer, o PMDB apoiaria ele sem nenhuma dificuldade. Como ele não pode mais ser candidato, o PMDB quer se reunir até março ou abril, no mais tardar, para saber quem ficará dentro ou fora do jogo”, afirmou.

O senador ressaltou que seu desejo é manter a aliança, mas alegou que é difícil fazer uma previsão desse tipo quando o processo de negociação envolve mais de uma pessoa. “Nosso desejo é manter a aliança. Agora, é muito difícil antecipar quando há mais de uma pessoa participando dessa decisão. Qualquer lançamento precipitado vai atrapalhar a negociação”, defendeu.

Oposição
O senador ainda reclamou que a imprensa esteja colocando o nome dele como oposição ao projeto político do governador Cid Gomes. “Não sou um nome de oposição. Não entendo porque me colocam assim. Eu faço parte desse projeto. Eu ajudei a construí-lo. Estou nele desde 2006. Então, se depender de mim, seremos todos aliados”, esclareceu.

Apesar de tentar rebater especulação de que o PMDB teria procurado o PSDB para garantir uma futura aliança, caso o governador Cid Gomes venha a lançar um representante do PROS para a sucessão estadual, Eunício não negou a existência de conversas nessa linha.

“Claro que existem conversas em todos os sentidos. Quando políticos se reúnem, o assunto política é o que predomina. Se a aliança não continuar, cada um cuida do seu caminho e vai para a rua achar o que o eleitor pensa disso”, apontou.

A possibilidade de o PMDB se lançar à disputa de 2014 no cargo de vice-governador também foi descartada pelo senador Eunício Oliveira. “O PMDB já indicou o vice lá atrás. Nessa aliança, não tenho condições de deixar o cargo de senador para assumir o cargo de vice-governador”, frisou o peemedebista.

O senador destacou que, mesmo com todas as especulações de quem irá assumir o Governo do Estado a partir de 2015, caberá ao eleitor fazer essa escolha de forma soberana. “Quem define destino de homem público não é cúpula de partido. Meu partido me escolheu como prioridade partidária, mas tudo isso não depende da vontade dos meus companheiros. Quem vai decidir as eleições de 2014 é o eleitor. A única coisa que tenho é o voto e a vontade de ser governador” acrescentou.

Na manhã de ontem, enquanto participava da solenidade de homenagem ao TCM, o senador trocou palavras com o presidente da Assembleia Legislativa e um dos cotados para a sucessão de Cid, deputado estadual José Albuquerque.

O senador assegurou que as informações de que a relação entre o PT e PMDB estaria estremecida são especulações, destacando proximidade com a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. “Como não tem uma informação reta, as pessoas ficam fazendo milhões de especulações. Minha relação com a presidente Dilma e o ex-presidente Lula é de muita proximidade. Hoje à noite (ontem), participarei de um jantar com os dois”, informou, que disse não saber a pauta do encontro.

Fonte: Diário do Nordeste




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