Abilhão, em Quixadá, é alvo de críticas da imprensa cearense

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A estréia do Quixadá contra o Fortaleza, na primeira rodada do campeonato cearense, apesar da derrota, trouxe consigo a chama da novidade que há tanto tempo os torcedores do Canarinho do Sertão almejavam: O time do Quixadá está novamente jogando entre times de peso, num campeonato que agrega muito valor às equipes participantes.

O Estádio Abilhão estava lotado, tanto que até os muros serviram como arquibancada. A torcida local, de fato, reagiu ao convite dos organizadores e compareceu à festa. Destaque para o Secretario de Participação Popular, Esporte e Juventude de Quixadá, João Luis Queiroz Alencar, que não mediu esforços para deixar o palco da bola pronto para receber a partida.

De fato, a atual administração municipal tem feito esforços razoáveis para ajudar o time do Quixadá Futebol Clube. Até uma doação de R$ 160.000,00 planejaram fazer em 2014, numa triangulação com a Liga Quixadaense de Desportos que ainda promete dar muito o que falar. Além disso, equipamentos novos poderão, em breve, ser instalados no Abilhão, para dar uma aparência mais moderna ao local.

Já o presidente do clube do Quixadá, Valmir Araújo, é um show  à parte de empenho e defesa dos interesses do clube!

No entanto, apesar de todos estes esforços, a imprensa cearense não perdoou o que considerou como completo despreparo do estádio de Quixadá para receber grandes partidas.

O G1, na seção destinada ao esporte cearense, por exemplo, descreveu o gramado do Abilhão como “gramado castigado” e, ao comentar a estrutura, disse que havia torcedores em cima dos muros.

Nas redes sociais, populares afirmaram que a grama usada na partida se tratava de grama do tipo capim.

Já o Ceará News publicou matéria com o seguinte título: Fortaleza vence Quixadá no péssimo gramado do estádio Abilhão.” O site comentou, também, que “a péssima condição do gramado prejudicou as duas equipes.”

O Rádio Evangelho descreveu assim a partida: “Partida é marcada por gramado ruim e torcedores até em cima dos muros do estádio.”

O Fortaleza Esporte Clube publicou matéria em que observava o seguinte: “Houve grande quantidade de torcedores que não conseguia entrar por falta de ingressos e espaço para assistirem ao jogo. Infelizmente muita gente que se deslocou de Fortaleza até a Terra dos Monólitos não conseguiu ver o jogo. Uns porque simplesmente não conseguiram entrar no estádio, outros entraram, mas não suportaram o calor e o desconforto daquela praça de esportes, tendo em vista que muitos estavam com as suas famílias e terminaram por desistir e deixar o campo por falta de condições.” O site dedicado ao clube leonino, porém, deixou de comentar que nove torcedores do Fortaleza foram detidos pela Polícia e autuados por dano ao patrimônio público, incitação à violência e vandalismo.

O Diário do Nordeste destacou que cerca de mil torcedores ficaram no lado de fora do estádio e que a Polícia teve dificuldades para conter e organizar a multidão. Do lado de dentro da estrutura, a situação não era boa. O jornal publicou a declaração do Advogado Dário Queiroz, natural de Quixadá, que disse:  “Uma vergonha a situação de acomodação para os torcedores que foram ao estádio. Eu, pessoalmente, fui com minha filha, paguei os ingressos e não permaneci no estádio por mais de um minuto por conta da absoluta falta de condições de segurança, visibilidade, e de acomodação.”

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No programa Show de Bola, da rádio Verdes Mares, AM 810, o apresentador Bosco Farias não poupou críticas à estrutura do Abilhão. Comentaristas do programa questionavam até quem teria aprovado a realização da partida no local.

O Presidente da Federação Cearense de Futebol, Mauro Carmélio, ao ser confrontado com as críticas, tratou de tirar o corpo fora e justificou-se dizendo que não é da Federação a responsabilidade pela aprovação dos locais dos jogos do campeonato. Segundo ele, o Corpo de Bombeiros e até o Ministério público participam da decisão e escolha. “A situação do estádio do Quixadá é bastante delicada, mas não cabe à Federação fazer essa escolha”, afirmou ele. As comparações com o estádio Domingão (foto acima), do Horizonte, foram inevitáveis.

O Estádio Abilhão tem sido, ao longo do tempo, alvo do descaso das administrações municipais. Foi, de fato, sucateado. Administrações anteriores deixaram-no esquecido, sem cuidados. O resultado é este acúmulo de demandas estruturais que tanto afetam a qualidade das partidas, o conforto dos torcedores e a impressão daqueles que visitam Quixadá e que, por falta de tempo, veem nele o único cartão postal da cidade.

Foto no topo: Cleumio Pinto/aparece no Diário do Nordeste

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Comentários

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  1. O problema é que a maioria dessas críticas são feitas por pessoas acostumadas ao luxo, ou, pelo menos, com a grandeza do Castelão. O Domingão em Horizonte é um estádio novo e foi construído por uma gestão municipal que tinha no esporte o seu principal carro chefe. Mas é uma exceção no estado. As principais cidades apenas recentemente “modernizaram” os seus estádios. Sobral, em 2011, aproveitou as cadeiras que foram retiradas do Antigo Castelão e Juazeiro idem. Fora essas cidades citadas, nenhuma outra possui estádio com grande capacidade ou conforto para os torcedores (isso não exclui a culpa das gestões quixadaenses, que quase acabaram com o Abilhão. Essa reclamação com o Abilhão deve se repetir quando Ceará e Fortaleza forem jogar no Crato, Itapipoca. A reclamação com os gramados é da mesma ordem. Qual estádio desse possui uma gestão administrativa? só o Castelão.

    Administrar estádio é PREJUÍZO !! Só uma demanda esportiva muito grande poderia amenizar tal prejuízo, coisa que Quixadá não oferece.

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