Monólitos Post

Lídia Maria Costa Pinheiro, 46 anos, Coordenadora Pedagógica, moradora do bairro Irajá, em Quixadá, está indignada com uma situação pela qual passou no Hospital Eudásio Barroso.

Lídia Pinheiro contou ao Monólitos Post que seu filho sofreu um acidente ao andar de skate e que, por conseguinte, precisou levá-lo para a ala de traumatologia do citado Hospital. Ela conta: “Fui bem recebida pela atendente e pelos demais profissionais. Mas o médico Antônio Sergio não demonstrou nenhum profissionalismo e me atendeu com muita ignorância.” 

Lídia (foto ao lado) afirma que seu filho estava sentindo muita dor e que um raio-x foi solicitado pelo médico. Até aí tudo bem. Porém, quando Lídia voltou à sala para a avaliação do raio-x, as coisas se complicaram. Isso porque Lídia resolveu pedir um atestado para o rapaz, que trabalha na Maternidade Jesus Maria e José. Neste ponto, Lídia afirma que o profissional médico teria feito uma triagem de natureza política antes de conceder o atestado.

“O Diretor da maternidade apoiou o prefeito João?”, foi a pergunta que, segundo Lídia, o médico lhe teria feito. A pergunta do profissional indignou a cidadã. Ela afirma que disse ao médico que a Diretora da Maternidade não é eleitora quixadaense. Prosseguindo em sua análise, o médico perguntou: “E quem é o médico chefe do setor clínico da Maternidade?” Lídia disse a ele que achava que era o Dr. Mesquita que, inclusive, já foi prefeito de Quixadá. Daí o médico perguntou: “E ele apoiou o prefeito João?” Já bastante indignada, Lídia Pinheiro disse que achava que sim.

Somente depois dessa análise de natureza política foi que o atestado de cinco dias do filho de Lídia foi concedido.

De acordo com Lídia, ao chegar à sala do médico Antônio Guerra, um conhecido profissional de educação física de Quixadá estava saindo do recinto, também indignado. Ele teria comentado o seguinte: “Só não dou um bofete nesse médico porque não quero sair daqui algemado.”

Vale ressaltar que o SUS – Sistema Único de Saúde, é financiado com recursos oriundos dos orçamentos da União, dos Estados e dos Municípios, e que se presta ao atendimento universal, destinado a suprir o direito constitucional dos brasileiros aos cuidados de saúde, independente de suas posições políticas.

“Até agora não entendi essa triagem que o médico fez. Ele está ali para atender a população, não para saber quem apoia quem politicamente. Isto é um absurdo”, comenta Lídia.

O atendimento oferecido pelos médicos que substituíram aqueles que, por falta de pagamentos, pediram demissão no ano passado, tem se tornado alvo de reclamações cada vez maiores por parte da população de Quixadá, que pede providências urgentes para que um atendimento mais humano e digno lhes seja disponibilizado.

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