Uma mulher de 84 anos descobriu que carregava, há 44 anos, um feto em seu abdômen, de acordo com reportagem da emissora colombiana CityTv. A idosa estava com dor de cabeça e uma forte diarréia há vários dias e foi a um hospital em Bogotá. Quando os médicos fizeram uma radiografia, encontraram o feto calcificado. Esse é um caso raro de litopédio, quando o feto se desenvolve fora do útero e, apesar de não sobreviver, não é rejeitado pelo corpo da mulher.
De acordo com a reportagem da CityTv, uma neta da paciente ficou surpresa com o acontecido: “Ninguém conhecia isso, não tenho palavras para explicar o que sentimos.
O jornal aponta que a mulher não consegue detectar o litopédio porque ele não apresenta sintomas. Quando se desenvolve fora do útero, o feto se petrifica para se proteger de bactérias sob o cálcio — mas ele leva muitos anos para virar um “bebê de pedra”.
Esse seria o segundo caso de litopédio do qual se tem conhecimento na Colômbia. A cada 20 mil gestações, uma pode gerar um feto calcificado.
Segundo a médica, a mulher, que é moradora de Natividade, prefere não se identificar. Ela contou à ginecologista que há 44 anos engravidou. Apesar de não ter feito o pré-natal, já que na época não haviam médicos no município, ela percebeu o bebê crescendo e a gravidez evoluindo. Após algumas semanas, a mulher sentiu fortes dores e procurou um curandeiro. “O homem passou remédios e ela disse que se sentiu melhor. A barriga não cresceu mais, o bebê parou de movimentar e ela pensou que tinha abortado”, relatou a profissional médica.”Pela ultra-som não foi possível ver o feto. Nós fizemos um raio-x. Pelo exame é possível ver o rosto, os ossos dos braços, das pernas, as costelas e a coluna. Algumas partes estão ‘borradas’, estão em uma fase de calcificação e tiveram o aspecto modificado. É provável que o feto tenha morrido na 20ª semana, no máximo na 28ª”, explica a Doutora.