O vereador Audênio Moraes fez um discurso em tom de desabafo na sessão desta quarta-feira, 30, na Câmara Municipal de Quixadá.
Ele pediu desculpas à população por ter faltado à sessão que votou requerimento solicitando intervenção do Governo do Estado na prefeitura de Quixadá, o que qualificou como “falta de coragem”. De acordo com o parlamentar, esse foi o tipo de erro que ele não pretende nunca mais repetir.
Audênio voltou a afirmar que entregou o cargo de líder do governo do prefeito João Hudson na Câmara. Chegou a colocar todos os cargos de pessoas ligadas a ele à disposição do prefeito, confirmando, assim, que a prática de ‘apadrinhamento empregatício’ realmente existe na atual gestão.
Em seu discurso, Audênio criticou fortemente a administração municipal pelo caos instalado na área da saúde e cobrou que o prefeito tivesse mais pulso e que, efetivamente, mandasse na prefeitura. O parlamentar garantiu que seu papel é observar de longe os acontecimentos e agir nos interesses da sociedade.
O discurso gerou muito comentários entre os próprios parlamentares, que ficaram surpresos pelo posicionamento de Audênio Moraes. A atitude pode significar, basicamente, que em nome da coerência o parlamentar deixará a base de apoio ao prefeito João na Câmara.
Confira a íntegra do pronunciamento do parlamentar:
Quem se desculpa demais, já sabe né?
maisesi.veriado.baban
E eu ainda vi gente elogiando esse sujeito por, supostamente, ter “recuado” em seu apoio ao prefeito e admitido o erro por ter faltado em uma sessão extremamente importante para os rumos da saúde de Quixadá. Além do apoio à desastrada gestão, ainda admitiu que ganhou vários “privilégios” por fazer isso. Os empregos para amigos (que ele mesmo admitiu) são provas disso. Esse sujeito nunca me enganou. É esperto, sagaz. Pena que não usa essas competências para o bem da cidade, mas sim para o bem próprio. É lamentável que o povo da Juatama eleja um cidadão como esse para vereador.
E você ainda tinha dúvidas de que existia apadrinhamento empregatício na prefeitura? O prefeito tem quase a família inteira empregada. O Secretário Janjão tem parentes, assim como o Eleri (tem uma babá particular paga com dinheiro público), a Bamba (que tem quase a família inteira mamando nas tetas da prefeitura). O Weiber, ex secretário de administração, tem vários “padrinhos” empregados por aí. O que me causa espécie é que esse tipo de prática não é tão difícil de descobrir, mas ninguém faz nada.