Os pistoleiros Antonio Zaquiel Luso (vulgo “Quiel”), de 33 anos, e Antonio Alves de Sousa (vulgo “Didi”), de 46 anos, foram condenados a 32 anos e seis meses de reclusão.
Eles são acusados de homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio durante uma chacina ocorrida em Tauá, em setembro de 2011. O julgamento se deu durante todo o dia da última terça-feira, dia 4, tendo se estendido das 9 às 21h30min. A acusação foi conduzida pelo Ministério Público do Estado do Ceará, através da promotora de Justiça titular da Vara do Júri, Valeska Catunda Bastos, que contou ainda com o promotor Erick Alves Pessoa como assistente de acusação.
De acordo com as investigações, a mandante do crime, Rita de Cácia Teixeira Lima, havia contratado o pistoleiro Francisco Wellyngton (vulgo “Hélio”) para matar Antonio Raimundo Filho (vulgo “Negão”), porque ele havia assassinado o filho dela, morto a golpes de faca durante o Carnaval de 2010. “Negão” chegou a ficar preso por nove meses, mas em seguida conseguiu um habeas corpus e foi solto. “Hélio” contratou outros três pistoleiros para executarem o serviço [“Quiel”, “Didi” e ainda Antonio Manoel de Alencar (vulgo “Marabá), de 26 anos].
No dia da execução, os três se dirigiram até a residência do alvo da chacina e dispararam diversos tiros. Na ocasião, morreram “Negão”; a esposa dele, Maria do Rosário Gomes de Sousa, de 17 anos, que estava grávida; e o pai dele, Antonio Raimundo Filho (homônimo), 46. O pistoleiro “Marabá” também terminou morto. Além disso, a irmã de “Negão”, Mikaelly Ferreira do Nascimento, de 15 anos, foi atingida com um tiro na perna. A chacina ocorreu na localidade de São Joaquim, distrito de Marrecas, em Tauá.
A defesa havia pedido o desmembramento do julgamento, por isso apenas dois dos assassinos foram julgados na última terça. O pistoleiro Francisco Wellyngton está em liberdade aguardando julgamento e Rita de Cácia, autora intelectual do crime, está foragida. O Tribunal do Júri reconheceu, então, todas as teses alegadas pela acusação, condenando “Quiel” e “Didi” a 32 anos e seis meses de reclusão. Nenhum dos acusados respondia a outros processos na Justiça.
* Com informações do TJ/CE