Os servidores da Prefeitura de Quixadá, maior município do Sertão Central do Estado, não tem muito o que comemorar. São mais de dois anos sem terem certeza sobre a semana em que receberão os seus proventos em cada mês. Ou ainda pior: sem saber se os receberão. Atrasos salariais, para grande parte das secretarias, saíram do campo da exceção para se transformarem em regra. Sinal de inchaço na folha e de má administração!
Em todos estes meses à frente do poder executivo, a equipe do prefeito João Hudson que é responsável pelas finanças ainda não conseguiu estabelecer um calendário fixo de pagamentos. Com exceção da Secretaria de Educação, gerida pelo professor Antônio Martins, nenhuma outra conseguiu organizar-se a este ponto. A situação das finanças tem sido descrita por alguns observadores como “caótica”.
A raiz do problema parece estar no fato de que o prefeito prefere manter uma extensa folha de pessoal, com gastos elevadíssimos. Em contrapartida, desanimado com os constantes atrasos, o funcionalismo opera com baixo nível qualitativo.
Com a aproximação do período eleitoral, a tendência é que o chefe do executivo – que tem pretensões de reeleição – mantenha o quadro atual, pois uma onda de demissões, embora necessária para o bom equilíbrio das contas, poderia lhe render dividendos ainda mais negativos nas urnas. Uma armadilha da qual, pelo visto, já é tarde demais para escapar.