O atleta quixadaense Rony Jason foi flagrado no antidoping depois do UFC Fitght Night 67, em maio, em Goiânia. Rony Jason negou o uso de diurético e entrou com recurso na Comissão Atlética Brasileira de MMA – CABMMA – para que a contra-prova fosse testada.
Nesta quarta-feira, 22, o órgão anunciou que a segunda amostra foi analisada pela UCLA, entidade afiliada a WADA, principal órgão regulador de exames antidoping, e o resultado foi novamente positivo para uso de diurético.
O atleta teve a suspensão de nove meses mantida pela CABMMA, retroativa à data do UFC em Goiânia, 30 de maio.
O cearense derrotou Damon Jackson por finalização no primeiro round, mas teve o triunfo alterado para No Contest (luta sem resultado). Além disso, o brasileiro perdeu o bônus de US$ 50 mil – cerca de R$ 158 mil – que ganhara pela performance da noite.
Em entrevista ao site MMA Fighting, Rony Jason voltou a negar o uso de diruético no UFC. “Meu advogado disse que não havia nada que provasse que a segunda amostra era minha, porque não havia assinatura em nenhuma das amostras. Todo o procedimento aqui foi incorreto e eles não podem provar que essas amostras são minhas porque não há nada nele que comprove isso”, frisou.
Leia o comunicado oficial da entidade na íntegra:
“Primeiro, é importante deixar claro que a CABMMA é uma entidade independente dedicada a desenvolver e regulamentar o MMA no Brasil. O UFC, voluntariamente, se submete as regras e regulações adotadas pela entidade, assim como o Sr. Rony “Jason” Mariano, por meio de sua afiliação ao evento. É preciso deixar claro que a entidade segue os parâmetros estabelecidos pela Comissão Atlética do Estado de Nevada. Desta forma, é preciso salientar que a determinação da suspensão é baseada nos precedentes envolvendo tal entidade.
Quando o resultado da amostra “A” do atleta foi comunicado para a CABMMA, o atleta foi imediatamente contatado por telefone e os documentos foram enviados a ele via e-mail antes do resultado ser informado ao UFC e qualquer posicionamento oficial ser enviado para a imprensa. Desta forma, o atleta já estava ciente do resultado do exame e da possibilidade de realizar um novo teste na amostra “B”.
“A apelação, analisada pelo comitê executivo, basicamente garantiu que (1) o processo para coleta das amostras foi feito de acordo com os requisitos padrões, e (2) a amostra de urina do Sr. Rony Mariano foi colhida de forma correta, na presença dos representantes legais do atleta.
O UCLA Olympic Analytical Laboratory (Laboratório de análises olímpicas, em português), que é credenciado à WADA, analisou a amostra “B”, como foi solicitado pelo atleta, e o resultado novamente apontou o uso do diurético hydrochlorothiazide.
Baseado nas informações acima, a suspensão de nove meses está mantida, sendo válida a partir de 30/05/2015.”