A reforma administrativa que o prefeito de Quixadá, João Hudson, pretende levar adiante – e que já havia sido objeto de matéria no Monólitos Post -, inclui a retirada do status de secretaria da Fundação Cultural Rachel de Queiroz, algo que está sendo bastante comentado nas redes sociais.
De acordo com o projeto da prefeitura, que será levado para apreciação da Câmara Municipal no próximo dia 24 de setembro, a Fundação Cultural deixa de ser secretaria e passa a ficar subordinada à Secretaria de Educação, sob comando de Antônio Martins.
A ideia da gestão é cortar despesas associadas ao status de secretaria sem, contudo, diminuir ou paralisar as atividades da Fundação Cultural.
“Não haverá mais gastos com salário de secretário e de assessores, por exemplo. Acreditamos que ao ser colocada sob o comando da Secretaria de Educação, a Fundação Cultural conseguirá desenvolver ainda melhor seus projetos. De modo algum a ideia é extinguir a Fundação, mas apenas colocá-la num ambiente mais produtivo dentro da gestão”, afirmou um interlocutor da prefeitura que não quer ser identificado.
Pessoas ligadas a área da cultura no município tem se manifestado contra a medida. Para eles, retirar o status de secretaria da Fundação Cultural impossibilitará a captação de recursos junto aos governos federal e estadual. Além do mais, implicará na efetiva extinção do CNPJ sob o qual a instituição tem funcionado, transformando-a claramente apenas num departamento da secretaria de educação.
A gestão também está sendo criticada por tomar atitudes deste tipo sem que tenha debatido o tema amplamente com a sociedade.
A reforma administrativa planejada pela prefeitura municipal envolve ainda a unificação de outras secretarias. Resta saber se os vereadores aprovarão o plano do prefeito.