A situação das finanças da prefeitura de Quixadá persiste caótica. A gestão simplesmente não consegue realizar o ato mais básico de todos, que é o de pagar os servidores com a devida regularidade.
Nesta terça-feira, 13 de outubro, centenas de trabalhadores ainda não viram a cor dos seus salários do mês de agosto.
O feriado prolongado que incluiu o dia das crianças foi marcado pelo bolso vazio dos trabalhadores ligados à prefeitura, maior empregadora do município. Isto, claro, se refletiu negativamente no comércio local. E ao que tudo indica, os feriados do fim do ano poderão, também, entrar na agenda da “liseira”.
Os prognósticos dados nos bastidores são os piores possíveis quanto ao fim de 2015. Caso este ritmo continue, além dos meses em atraso, o prefeito João Hudson terá, também, que pagar o mês de dezembro e a íntegra do décimo terceiro.
Apesar do total descontrole da folha, o que tende a gerar cada vez mais descontentamento interno, Hudson continua assegurando que deseja ser candidato à reeleição. Este desejo, aparentemente, impede o chefe do executivo de fazer o que tem que ser feito para corrigir a situação financeira da prefeitura, o que envolveria, inclusive, demissões em massa de prestadores de serviço.
Todavia, o que o grupo político do prefeito parece ainda não ter aceitado é que, a esta altura, a máquina sozinha não será suficiente para garantir a reeleição. Além do clima de descontentamento interno na máquina, as divisões que ensejam mais de duas candidaturas em Quixadá em 2016 dificultam ainda mais qualquer pretensão do prefeito.
Simples assim, só não trabalharmos mais. Pronto. Porque trabalhar sem receber, onde já se viu?
O básico não está sendo feito. Nunca vi tanta desorganização e irresponsabilidade juntas.