Uma ambulância é sem dúvida um equipamento de grande importância para a saúde de qualquer município, principalmente quando há uma grande demanda, e quando os equipamentos de saúde da cidade estão praticamente todos sucateados, como é o caso do município de Quixadá.
Porém várias gestões optam pela aquisição ao invés de locação desses veículos, por entenderem ser mais barato pagar por uma coisa que será sua do que efetuar despesas com algo que não lhe pertence, em Quixadá infelizmente não é bem assim que as coisas funcionam.
Após o Monólitos Post denunciar no último dia 24 de maio que a Prefeitura de Quixadá pretendia alugar uma ambulância por quase meio milhão de reais, e do assunto ter ganho grande repercussão em toda a cidade, a prefeitura decidiu remarcar a licitação que deveria ter acontecido no dia 29 de maio, dessa vez com valores bem mais modestos.
De acordo com o Portal da Transparência, do Tribunal de Contas dos Municípios, deverá ser realizado no próximo dia 07 de julho um pregão presencial de nº PP2017/033SMS/2017 que tem como objeto a Seleção de Melhor Proposta para Registro de Preços Visando Futuras e Eventuais Contratações para Locação de veículos destinados as necessidades da Secretaria Municipal de Saúde do Município de Quixadá/CE. Neste novo processo licitatório a prefeitura pretende alugar uma ambulância tipo resgate por R$ 137.199,99 (cento e trinta e sete mil cento e noventa e nove reais e noventa e nove centavos) valor bem abaixo dos R$ 432.000,00 (quatrocentos e trinta e dois mil reais) que a prefeitura pretendia gastar anteriormente. Existem casos em que prefeituras já teriam comprado uma ambulância semelhante a essa por um valor inferior a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais).
Após verificar essa nova licitação com valor bem menor é fácil perceber que caso a imprensa não tivesse denunciado o valor exorbitante na locação do veículo e o assunto não ganhasse grande repercussão na sociedade, a administração municipal teria gasto quase R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) a mais do que o necessário, utilizando de forma desregrada o dinheiro público.
Com esse valor por exemplo seria possível reformar a Unidade Básica de Saúde do Centro – antigo SESP – que encontra-se fechada, ou comprar insumos e medicamentos pra Unidade de Pronto Atendimento – UPA e Hospital Eudásio Barroso.
