Marido de enfermeira demitida pelo genro do Prefeito de Quixadá desabafa nas redes sociais

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A perseguição política é um tipo de ato que caracteriza um caráter inseguro e fraco. Seria pedir demais, deixar qualquer cidadão livre para escolher de que lado quer estar? Talvez essa seja uma proposta assustadora para muitos governantes que não sabem conquistar ou tolerar contrários. O ambiente de trabalho dos servidores públicos, sejam concursados ou não, deve ser pautado por relações sadias, construtivas e de respeito aos direitos e garantias previstas na lei.

No entanto, cresce no Município de Quixadá relatos de perseguição e de retirada de direitos de servidores, tais como a diminuição de salário dos professores temporários, pago quase pela metade, expondo os trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, ofendendo, assim, a dignidade de inocentes.

Coragem para denunciar perseguição, porém, é uma das principais virtudes que o servidor assediado deve ter, caso queira dar um basta à opressão. Foi o que ocorreu nesta semana, quando o cidadão Jorge Luiz Pordeus de Lima utilizou as redes sociais para fazer uma grave denúncia de perseguição no ambiente de trabalho da sua esposa por questões partidárias.

Tudo começou porque sua esposa, Joelice de Oliveira Freires Lima, que é enfermeira, foi devidamente aprovada em terceiro lugar na seleção realizada para trabalhar na Policlínica do município de Quixadá. Acontece que, desde a época em que atual prefeito de Quixadá, Ilário Marques, do PT, lançou a sua candidatura nas últimas eleições municipais, se iniciaram as perseguições naquele órgão público. A Policlínica, na época, era chefiada pela petista Ivonete Dutra, aliada política de Ilário Marques. Seu irmão Dênis Dutra foi nomeado para assumir o cargo de Secretário de Finanças da Prefeitura de Quixadá. Atualmente o genro do Prefeito é quem chefia o consórcio de saúde, ele foi nomeado tão logo o sogro assumiu a presidência do órgão.

Segundo Jorge Luiz, “o surgimento dos consórcios públicos entregou a gestão de importantes equipamentos de saúde especializada como as policlínicas nas mãos de pessoas despreparadas, sem nenhuma experiência em gestão pública, muitas vezes com atitudes infantis indicadas por gestores ditadores, com histórico de perseguição já conhecidos. E foi isso que aconteceu conosco, desde o dia em que o atual prefeito (Ilário Marques) lançou sua candidatura à prefeitura de Quixadá, começaram as perseguições com minha esposa dentro da instituição, com propostas veladas e muitas vezes descaradas de troca de voto ou apoio pela chance de continuar ocupando o cargo conseguido honestamente através de esforço próprio e muito estudo. Isso causou nela diversos episódios de pressão psicológica e os problemas decorrentes dela, como atitudes depressivas, crises de choro, insônia etc.”

Em seu desabafo, Jorge Luiz revelou também que “Com a aprovação no concurso municipal e o posterior cancelamento do processo pelo atual gestor, as situações só pioraram chegando ao ponto de algumas pessoas utilizarem a sua demissão como “limpeza da sujeira” existente na policlínica. Apesar de nossa intenção em não termos nenhuma ligação com quaisquer dos candidatos, nem mesmo em torcida, não posso continuar calado com as atitudes do atual gestor municipal, seus atos de perseguição já são conhecidos nesta cidade, bem como o apadrinhamento com velhas figuras que aqui só aparecem nos governos deste cidadão, bem como seus parentes e aderentes para aferir receitas com salários exorbitantes em cargos específicos”.

Portanto, a esposa de Jorge foi despedida da Policlínica simplesmente por recusar as propostas políticas visando apoiar de qualquer forma os petistas de Quixadá, fato este que causou clamor público e perplexidade nas redes sociais, tendo em vista que foram várias as mensagens de apoio a enfermeira Joelice de Oliveira.

Aliás, as perseguições nas gestões do atual prefeito parecem ser mais constantes do que se imagina. Como prova disso, não é a primeira vez que alguém denuncia publicamente caso de assédio moral em gestões petistas, Já que em 24 de novembro de 2011, durante a Sessão da Câmara Municipal de Quixadá, o ex presidente da câmara, José Kleber Bezerra Carneiro Júnior, fez gravíssimas denúncias de assédio moral e perseguição de servidores na gestão de Ilário Marques, também por questões partidárias, inclusive detalhando nomes e modus operandi de perseguir e assediar, para assistir o depoimento de Kleber Júnior CLIQUE AQUI.

Tais fatos, por serem graves, devem ser, no mínimo, apurados mediante sindicância administrativa, com afastamento dos gestores envolvidos até apuração dos fatos, sem falar que o Ministério Público deverá ser provocado para atuar no caso, tendo em vista a comprovada repetição de fatos como este nas gestões de Ilário Marques (PT).

A perseguição política e o assédio moral no trabalho é forma comum utilizada por políticos ditadores de punir o servidor em decorrência do que ele defende como ideal, ou seja, o ditador não aceita que o servidor tenha um pensamento politicamente diferente do dele e utiliza o poder público para satisfazer as suas vaidades pessoais. O assédio e a perseguição é algo muito grave que pode provocar sequelas com cicatrizes que jamais serão apagadas.

Leia o desabafo de Jorge Pordeus.




Comentários

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  1. Muito bem lembrado essa do ex presidente que denunciou o assedio moral na época. Foi horrível. Foi a pior época para os professores de Quixadá, na época de eleiçoes a perseguição era um horror. Era Disleal demais.

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