Em 2016, 58 prefeituras do Estado do Ceará, de maio a agosto, ultrapassaram o limite de 54% com a despesa de pessoal. Já em 2017, este número, no mesmo período, chega a 73, um aumento de 15% comparando um ano com o outro, de acordo com reportagem veiculada pelo jornal Diário do Nordeste nesta segunda-feira (21).
No Sertão Central, de acordo com os Relatórios de Gestão Fiscal (RGF) do Tribunal de Contas do Município, destaca-se positivamente as gestões de Quixeramobim e Mombaça, com 44,02% e 50,27% com gastos de pessoal, respectivamente.
Em contraposição as prefeituras organizadas estão as que são administradas por gestores que preferem descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Na região Central o destaque negativo fica por conta dos prefeitos de Ibaretama, Choró e Quixadá.
Estes municípios, mesmo em meio a crise, onde economia é a palavra de ordem, preferiram agir com ineficiência, falta de planejamento e descontrole com os gastos do dinheiro público. Enquanto Ibaretama está com 68,80% de gasto com pessoal, Choró e Quixadá não ficam a trás. Cada um deles está com 59, 08 e 57,61%, respectivamente.
Como acompanho mais de perto a política da Terra dos Monólitos, me sinto mais a vontade para falar das ações do Executivo quixadaense. Vejo que, quando sempre afirmei que a gestão não tem planejamento, os dados do RGF ratificam o que digo. Fico mais decepcionado ainda quando tenho que utilizar os mesmo subterfúgio utilizado pelo alcaide local, o que o fortalece a alcunha de uma administração que entrará para história como a gestão “Ilário da Sapataria”, a comparação com o governo anterior.
Em relação aos gastos com pessoal, comparando-se o segundo quadrimestre da gestão de João Hudson, ou seja, de maio a agosto do primeiro ano de governo, com o mesmo período da atual gestão, Ilário gasta muito mais que seu antecessor. Para se ter uma ideia Hudson naquela época não havia infringido à LRF, o petista não só desrespeitou como ultrapassou em quase sete por cento o que foi gasto pelo ex-prefeito.
Enfatizo que os fatos acima citados são comprovados por órgãos oficiais e que ajudam a comprovar que a Prefeitura de Quixadá a cada dia que passa está de mal a pior. Neste momento não dá para discordar do prefeito, é preciso, como ele sempre quis, compará-lo com João da Sapataria, por tabela, é informado que a atual gestão precisa melhorar muito para ficar pelo menos igual a anterior.
Quando uma gestão fica superlotada de terceirizados e prestadores de serviços a tendência é que as finanças não consigam ser controladas. No sábado (19), por exemplo, recebemos ligações de terceirizados da área da Saúde de que os salários estão atrasados. Aí pergunto: tenho ou não razão de dizer que a Prefeitura de Quixadá não tem planejamento?
Por Franzé Cavalcante – Jornalista
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