Briga com os concursados: Justiça nega pedido do prefeito de Quixadá para renovar contratos temporários

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O prefeito de Quixadá, Ilário Marques (PT), protocolou recentemente perante o Juiz da 3ª Vara desta Comarca, no processo nº 28314-53.2017.8.06.0151/0, um pedido para renovar os contratos temporários do Município, que foram firmados no início deste ano mediante o critério de seleção pública. De acordo com a gestão a continuidade dos serviços essenciais poderá ser inviabilizada. Para ler a matéria CLIQUE AQUI.

Com este pedido, Ilário tinha a notória intenção de zerar a possibilidade de chamar os aprovados no concurso público que foi realizado sem qualquer irregularidade e regido pelo edital 001/2016.

No entanto, nesta quarta- feira (13) o Juiz auxiliar da 3ª vara de Quixadá, Dr. Roberto Nogueira Feijó, decidiu sobre o pedido do prefeito, mas negou o referido pleito determinando o seguinte: “inicialmente, quanto ao pedido de reconsideração de parte da decisão liminar que trata da renovação dos contratos temporários, INDEFIRO-O, tendo em vista que tal pedido já foi inclusive submetido ao duplo grau de jurisdição, tendo o Desembargador Relator Francisco de Assis Filgueira Mendes mantido a decisão liminar no que tange a esse ponto, confirmando-a, considerando que as contratações temporárias são excepcionais, destinadas exclusivamente aos casos em que restar comprovada a necessidade temporária de pessoal, não abrangendo serviços permanentes, nos termos das fls. 6464/6471.”

Como se vê, o prefeito quis insistir com a contratação temporária de servidor público como regra, porém a Justiça negou a sua pretensão. Na realidade, o que se percebe é que Ilário de tudo faz para não chamar os concursados, afinal é do conhecimento de todos que manter servidores na prefeitura com contratos temporários é conveniente para o chefe do Executivo principalmente em época de eleições, pois cada profissional contratado temporariamente é “pressionado” para votar em quem o prefeito manda, sob o risco de serem perseguidos e de perderem o contrato de forma sumária e traumática, como já ocorreu diversas vezes neste município.

É preciso que alguns políticos de Quixadá amadureçam e entendam que a prefeitura não é a sua propriedade particular. É necessário que a arrogância, a prepotência e a soberba dê lugar a humildade, a imparcialidade e a eficiência. É hora de pensar em administrar para a coletividade e não para si próprio e para os companheiros de partidos. Quixadá pede socorro! Quixadá clama por uma gestão pública distante da injustiça e da incompetência!




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