As reclamações sobre o abandono do principal ponto turístico do município de Quixadá, o Açude do Cedro, são constantes. Agora, além da depredação das pilastras, as paredes do reservatório apresentam rachaduras, resultado da ação do tempo e do descaso com a imperial construção e que não são percebida porque quem circula pela parte de cima do cartão postal da Terra dos Monólitos.
As erosões por toda a parede causam preocupação para quem defende o patrimônio há 26 anos, o protetor do parque hídrico do Cedro há 26 anos, Augusto “Pirabibu” que tem presenciado algo que nunca havia visto. “O açude do Cedro sempre que pega um pouco de água, apresenta vazamentos em toda parede. Então agora, neste momento, hoje, nós estamos em 2020, presenciamos casos que ainda não tínhamos visto aqui na parede do Cedro, grandes erosões, que para o futuro, lá na frente, se não cuidar hoje, se não despertar todo mundo para tomar providências, inclusive o poder público e o Judiciário… Caso o Cedro venha encher, como vamos conter uma erosão em uma parede submersa?”, indagou preocupado com o futuro do patrimônio.
Outra ação da natureza que pode agravar a situação do reservatório é o nascimento de árvores nas paredes do açude, que de acordo com “Pirabibu” tem se tornado constante e pode comprometer a estrutura. “Não é normal nascer árvores em cima de parede de concreto, isso mostra que a parede do acude do Cedro está cheio de rachaduras. isto está mostrando que, no futuro, vai comprometer a estrutura da parede. Então, é preciso que o poder público veja isso também. Isso é um perigo para uma barragem… tudo isso aqui é fruto do abandono e do descaso”, disse o protetor do parque hídrico.
As marcas do esquecimento do Cedro também estão marcadas nas comportas do açude, que estão enferrujadas e na presença de morcegos, que encontraram abrigo nos espaços na parede causados pelas rachaduras, fato que também preocupa “Pirabibu”. “Se os morcegos vivem dentro da parede do açude é sinal que está ocada. Isso não é normal. O cedro se encontra abandonado, a situação é essa, a realidade é essa. Para quem está de longe, não vê a situação, acha que isso aqui ta tudo bem”, lamentou.
Quer saber a situação do principal cartão postal de Quixadá? Assista reportagem da TV Monólitos.
