Sociedade médica esclarece sobre a varíola do macaco

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A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) divulgou, nesta quinta-feira (2), uma nota de esclarecimento para a população sobre a varíola de macaco. Até o momento não foram notificados casos no Brasil, no entanto, para a entidade, é importante reforçar junto às pessoas a necessidade de cuidados e de respeito às medidas de vigilância sanitária.

No documento, a SBD relata se trata de uma infecção viral considerada zoonose, pois é transmitida, em geral, por contato com animais provenientes de florestas africanas, tais como roedores e macacos.

Sobre as formas de contaminação, a entidade esclarece que as vias principais são as mordidas de animal ou a manipulação de espécimes já infectados. Há relatos de surtos com transmissão entre humanos, o que, segundo a Sociedade, envolve a necessidade de contato próximo, em geral, de formas direta (com fluidos corporais) ou indireta (com pertences de doente). No entanto, ambos de baixa infectividade.

O documento esclarece que a manifestação clínica dessa doença ocorre através de lesões de pele. Inicialmente, surgem pequenas bolinhas que rapidamente se transformam em bolhas com pus. Ao romperem, elas formam crostas que caem permanecendo como pequenas feridas. Há registros de outros sinais, como febre, mal-estar, ínguas (gânglios aumentados), dor de cabeça e dor no corpo.

Os sintomas podem surgir entre seis a 14 dias, podendo levar até 21 dias. Raramente, complicações ocorrem, mas, infecções bacterianas secundárias e o acometimento cerebral (encefalite) devem ser observadas. Com relação ao diagnóstico, a SBD explica que ele pode ser feito ser suspeitado a partir de histórico de viagem para locais onde a doença tem maior ocorrência ou por contato com animais e pessoas doentes de forma semelhante.

Como forma de prevenção a entidade propõe a veiculação de alertas sonoros nos aeroportos para que os viajantes sejam conscientizados sobre a doença. Além disso, foi também recomendado às autoridades sanitárias brasileiras uma ação contínua para controle de eventuais casos suspeitos para que haja investigação e vigilância epidemiológica dos contatos e afastamento das pessoas até a recuperação (em geral até 3 semanas).




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