Erilene Fernandes Gomes, ex-chefe do departamento de recursos humanos da Prefeitura de Choró, no Sertão Central do Estado, está no centro do controverso debate acerca dos desvios de dinheiro público na Prefeitura de Choró.
O próprio prefeito, José Antonio Rodrigues Mendes (Dé), confirmou durante a sessão da Câmara dos Vereadores realizada no dia 09 deste mês, que os desvios realmente existiram.
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As indagações que cercam o caso aumentaram substancialmente após uma entrevista concedida por Erilene Fernandes ao radialista Marcolino Borges, na qual ela não apenas confirmou a existência de esquemas de corrupção, como também deu a entender que outros esquemas, todos supostamente de conhecimento do prefeito Dé, sangram os cofres públicos daquele município.
Durante a sessão da câmara de vereadores mencionada acima, o prefeito Dé informou aos edis que a servidora havia sido desligada de suas funções e que investigações internas já estavam apurando a amplitude dos desvios, suas origens e sistema de funcionamento. Porém, de acordo com Erilene Fernandes, a informação dada pelo prefeito não é verdadeira. Ela afirma que nunca recebeu sua portaria de exoneração, mas que apenas teria sido orientada pelo prefeito a passar uma semana em casa, enquanto o caso seria analisado.
FANTASMAS
“Meu nome foi divulgado como se eu fosse a pior de todas. Quero saber se ele (o prefeito) vai ser capaz de divulgar os nomes dos fantasmas”, declarou a ex-chefe do departamento de recursos humanos da prefeitura.
Sugerindo a existência de outros esquemas de corrupção, a servidora afirmou: “Não sou a unica errada lá dentro da prefeitura. O senhor prefeito sabe muito bem que eu não sou a única errada. Ele tem conhecimento sim, a não ser que ele faça de conta não ter. Mas ele tem!”
OS VEREADORES
O prefeito Dé possui maioria de apoio na Câmara Municipal. Apesar disso, o Monólitos Post confirmou a existência de um pedido de afastamento pronto para ser apresentado. Resta saber se os edis choroenses aprovarão a medida, que deve ser sugerida em breve. A ideia é aproveitar o afastamento do prefeito para investigar a fundo o escândalo. Como aconteciam os desvios? Quem são os beneficiados pelo esquema? Quem são os fantasmas citados por Erilene Fernandes? Existe envolvimento direto do chefe do executivo? São perguntas que apenas uma boa investigação seria capaz de responder.
Caso o pedido de afastamento não seja aprovado, os vereadores tidos como de oposição estão determinados a denunciar o caso ao Ministério Público Estadual. A intenção deles é conter a sangria dos cofres públicos, já que a corrupção, confirmada pelo próprio prefeito, é uma das principais responsáveis pelas limitações no oferecimento dos serviços públicos à população.
Escute trecho do programa de rádio no qual a servidora fez as afirmações citadas na matéria:



poca vergonha agente coloca uma pessoa desa no pode no intuito de ver uma cidade melhor ver uma desgraca desa,tenho vergonha do prefeito de choro pior a inda alguns vereadores qui acoberta uma coisa dessa,desvio de verba e o caralho isso se chama roubo mesmo etc…………