Os sinais da crise econômica tendem a se ampliar ainda mais e atingir em cheio o mercado de trabalho com ameaça de novas demissões.
Os dados do Ministério do Trabalho apontam que, no mês de julho, o País alcançou a marca de 780 mil postos formais extintos em doze meses, a maior eliminação de vagas observada desde 1996.
A preocupação aumenta diante do agravamento da crise, que gera diminuição no consumo da população, menos produção e, com isso, mais desemprego.
O cenário não é dos melhores e, segundo estudo da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), o Brasil perderá de 1,2 milhão a 1,6 milhão de postos em 2015.
A perspectiva de recessão acentuada neste ano indica que a destruição de postos de trabalho deve prosseguir acelerada e superar 1 milhão até o final do ano.
Até hoje, o pior resultado havia sido em 1998, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, quando o país perdeu quase 580 mil vagas com carteira assinada.
O corte de vagas estimado pela Firjan significa uma contração de 3% a 4% da força de trabalho existente até o final de 2015.