Prefeito de Choró afirma não ter participado em atos de corrupção em sua gestão

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O prefeito de Choró, no Sertão Central do Estado, José Antonio Rodrigues Mendes (Dé), concedeu entrevista ao Sistema Monólitos de Comunicação na manhã desta quinta-feira, 18. Ao radialista Herley Nunes ele afirmou que, de fato, ocorreram desvios de dinheiro público em sua gestão, porém, disse que não participou nas ações criminosas.

De acordo com o prefeito, o esquema estava inteiramente sob o controle da ex-chefe do departamento de recursos humanos, Erilene Fernandes Gomes, onde o esquema funcionava. Dé afirmou que a própria prefeitura, através de sua procuradoria, denunciou ao Ministério Público Estadual o problema. Ele também assegura que assinou um B.O. denunciando o caso.

Contrariando a palavra de Erilene Fernandes, que afirmou recentemente que não tinha conhecimento de sua exoneração, o prefeito afirmou que a medida foi tomada um dia após ter dispensado a servidora, e que ela foi avisada sobre a exoneração. O prefeito levou à rádio uma cópia da exoneração datada de 12 de agosto de 2014.

O prefeito ainda defendeu seus secretários, afirmando que nenhum deles teve participação no esquema. Segundo ele, Erilene enviava ao banco dados falsos. Ele afirma desconhecer os valores envolvidos no esquema de desvio de dinheiro público.

“Eu tenho culpa por ser o prefeito, mas eu não fui conivente”, disse Dé.

A OPOSIÇÃO

Dé afirmou que a oposição utiliza falas de campanhas eleitorais antigas, apenas para atacá-lo. Em outros tempos ele teria, por falta de experiência, falado coisas que hoje se arrepende. Apesar disso, contou que o vereador de oposição Silvino Rodrigues lhe procurou após uma sessão na Câmara Municipal para dizer que tinha certeza de que ele não havia tido participação no esquema de corrupção. “Eu tenho certeza que você não é cúmplice, que você não participou disso aí”, teria dito o Vereador Silvino.

SERVIDORA TERIA PEDIDO PARA ABAFAR

O prefeito de Choró ainda afirmou que a servidora Erilene Fernandes e o esposo o teriam procurado pedindo que o caso fosse resolvido só entre eles, sem participação do Ministério Público. Dé afirmou que sente pena da servidora, pois ela teria destruído a própria família, mas diz que o caso envolve dinheiro do povo e que ele não poderia se furtar de denunciar o problema.

FANTASMAS

 “Se ela diz que há fantasmas, precisa provar”, asseverou o chefe do executivo sobre as acusações públicas de Erilene Fernandes, que afirmou recentemente que o prefeito sabe da existência de funcionários fantasmas.

O DEMÔNIO

Até o demônio entrou no rolo, pois, segundo o prefeito, quem praticou tais atos de corrupção foi tentado pelo capeta. O radialista Herley Nunes destacou que, não sendo possível processar o demônio, resta ao MP desvendar como o esquema funcionava e apontar possíveis culpados que possam ser punidos pela justiça.

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