Empresa que fez doações a campanha eleitoral do PT em Quixadá devolverá R$ 700 milhões

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No maior acordo do gênero já assinado na história do país, a Camargo Corrêa vai devolver R$ 700 milhões para três empresas públicas que foram vítimas dos crimes de cartel e corrupção por parte de ações da empreiteira, conforme divulgado pela Folha de São Paulo na manhã desta sexta-feira, 21.

O montante será usado para ressarcir a Petrobras, a Eletronuclear e a Eletrobras. Só no caso da Petrobras, a propina paga pela Camargo Corrêa chegou a R$ 110 milhões, segundo o ex-presidente da empresa Dalton Avancini, que se tornou delator na operação Lava Jato.

Conforme mostram dados do Tribunal Superior Eleitoral, em 30 de setembro de 2004 a Camargo Corrêa fez doações em dinheiro para a campanha eleitoral do PT em Quixadá, no Sertão Central do Ceará.

João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do partido, foi acusado pelos investigadores da Operação Lava Jato de receber dinheiro de propina através de doações oficiais à legenda. A destinação dos valores desviados seria exatamente o abastecimento de caixas de campanhas petistas por todo o país.

No Ceará, diretórios petistas como os Quixadá e de Senador Pompeu aceitaram receber estranhas doações da Camargo Corrêa. Em março deste ano, petistas de Quixadá foram a emissoras de rádio para defender seus companheiros de partido.




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